terça-feira, 30 de dezembro de 2008

No penúltimo dia de 2008...

- O que eu não gosto e faço?

- O que gosto e não faço?

- O que gosto e faço?


Li essas três perguntas num texto que me enviaram ontem. Ainda não parei pra pensar em tudo isso, mas acho que é uma boa coisa a se fazer para esse novo ano. Entender as causas daquilo que faço sem gostar, e o que me impede de fazer aquilo que gosto. As perguntas são pertinentes: podem me levar a entender certos preconceitos, certos orgulhos feridos, e extrair o melhor de mim mesma - quem sou de verdade.
Vou exemplificar. Ao menos, tentar. Eu não gosto de ser tão pessimista (às vezes) a ponto de que pensar que a última decepção vivida (em qualquer âmbito) será eterna. Do tipo, não tenho solução e tudo vai ficar por isso mesmo. E meu último relacionamento me mostrou exatamente o contrário. A saída? Apropriar-me deste aprendizado e bola pra frente!
Eu gosto demais de práticas esportivas em geral. Pude provar, recentemente, os prazeres da corrida em minha vida. Estou a-man-do, de verdade. Mas quero entrar numa escola de dança (é um sonho que sempre tive, e nunca me mexi para tal). A saída? Matrícula no início do ano na primeira escola disponível!
A parte legal: gosto de escrever. E o tenho feito aqui. Prazer, terapia, auto-conhecimento, crítica, renovação. E gosto de ler o que os demais escrevem. E comentar o que eles escrevem. Sendo eu mesma, Fernanda, sendo anônima, sendo Fê, de qualquer jeito. Ler os demais mostra bem quem eles são, mas também que eu sou em relação a eles e ao mundo. É fantástico.
Pense comigo, caro leitor. Já se deparou com essas três questões em sua vida? Tudo bem que pagar impostos e o carnê do carro não é nada legal, mas necessário. Esse não é o mérito da questão. Pense em você, como pessoa, como ser humano, não como cidadão. "O que faz você feliz?", como diz a propaganda do Pão de Açúcar? Tem feito o que te faz feliz?
Compartilhe sua reflexão comigo. Aprendamos juntos!!!!!
E lanço o desafio: quem quer correr comigo a São Silvestre de 2009????? Eu vou!!! :)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Última carta de amor de 2008

"Nego, falei tanto de você nestes dias de Natal que deu um aperto no peito... fui contar parte de nossa história a uma amiga que não via há algum tempo, e relembrei tanta coisa boa! E era engraçado: vira e mexe eu juntava um acontecimento novo (sei lá, um detalhe de algo que acabara de ser comentado) com algo que se parecia com você ou com nós dois. Perdi a conta de tantas vezes que isso se repetiu. Assim, percebi que você ainda está lá dentro, batendo forte, e que eu ainda estou aí, ou que minha vontade ainda é estar aí. Apesar de ter plena consciência de que teus planos e teus caminhos são outros, devido uma decisão tua, ainda não consegui te expulsar do meu pensamento e deste coração que ainda bate forte quando ouve ou lê teu nome, apareça ele em qualquer lugar. Talvez eu necessite decidir isso também. Bem provável que eu ainda não consiga tomar tal decisão.
Essa talvez seja a palavra de nossa relação: decisão. A que eu mais me arrependa por ter dito; ou a que possa ter salvado nossas vidas. Sei lá, é tudo tão recente que ainda não consigo ver bem os efeitos dessa palavra pra gente. Mas sei dos efeitos e dos ganhos de, um dia, haver existido um "a gente". Isso é impagável, incalculável, inegável, inimaginável há algum tempo atrás. E essa, talvez, tenha sido a decisão mais certa que um dia fizemos: darmos uma chance a isso tudo que aconteceu.
Leve meu carinho nesse ano de que inicia. Se não pode levar mais nada, leve a lembrança de um sorriso meigo, de um afago sincero, de momentos tão felizes e eternos enquanto duraram. Se perceber que tomou a decisão errada, me procure. A gente se senta de novo para conversar. Mesmo que for só para conversar. Um beijo, Branca".


ps1.: não se esqueçam que as cartas de amor são ridículas (se o fernando pessoa disse, eu não contrario...). esta não foge à regra.
ps2.: "Nego" e "Branca" são personagens fictícios. qualquer semelhança à realidade é mera coincidência (já diziam aqueles informes publicitários antes de alguns filmes ou novelas que eu assistia quando era criança).
ps3.: o particípio regular do verbo "salvar" é "salvado" mesmo (e deve ser usado com verbos "ter" e "haver")... pode ser usado "salvo" como particípio irregular, com verbos "ser" e "estar" (que não vem ao caso na frase acima). desculpe a explicação, mas faz-se necessária às vezes.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Conversa de hoje de manhã

"yo: bi,,, pq eu tenho a sensação de que tô perdendo a chance da minha vida? no caso do 'fulano'?

Fabiana: pq vc se apaixonou, só por isso
pq se fosse o homem da sua vida ele estaria com vc"


será que se eu repetir isso dez mil vezes, eu aprendo?

se não for ele mesmo, continuo a fazer o que tô fazendo (falando com Deus todas as vezes em que penso nele, pra tentar pensar diferente).... mas, e se ele for mesmo, o que eu devo fazer?

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008


(André, obrigada mais uma vez por tão linda foto!).
Segunda-feira fui abordada por uma criança como esta. Mas eu estava dentro do ônibus. Estava sentada e ela entrou com sua mãe e se sentou ao meu lado. Eu, ouvindo meu celular que toca música, olhava distraída para a avenida, quando senti um dedinho me chamando, apertando meu braço gentilmente. "Oi", eu disse, e prontamente ela me respondeu, com um sorriso ingênuo, mas repleto de sinceridade, como se nosso papo fosse algo extremamente importante (afinal, ELA estava ao meu lado,,, como assim eu não a notei?!). Conversei com ela por, no máximo, 3 minutos (foi o tempo dela se sentar, no ponto da Consolação com a Paulista, e descer no próximo, que era o do Hospital das Clínicas). Assim, soube seu nome (Amanda), sua idade (4 anos, mas que logo logo faria 5 e, por isso, era tão grande) e que as aulas na creche já haviam acabado. Eu disse "tchau", ela respondeu; mandei um beijo, ela mandou outro. E desceu com sua mãe.
Aí pensei que, às vezes, nós precisamos somente de uma conversa, de um papo jogado fora, nada de coisas técnicas ou de teoremas. Algo simples. O sorriso daquela menina foi tão perfeito que fiquei pensando enquanto trabalhava: quantas vezes eu neguei um sorriso, quantas vezes as lágrimas venceram, e eu só precisaria me "sentar e conversar, depois andar de encontro ao vento..." para que esse mal temporário fosse saindo do meu coração para dar lugar ao que de belo há na vida!
Na terça, outra situação me chamou a atenção. Estava eu no ponto de ônibus, quando um casal de idosos se aproxima com bastante dificuldade. Ela se senta. O motivo: o sapato dela havia escapulido de seus pés, e ele, mesmo com as limitações de seu corpo, se abaixa para acabar de colocar o sapato nela. Ele demorou um pouco, mas conseguiu. E eles conversaram um tempo, até que o ônibus deles apareceu.
Três gerações diferentes. Dois dias e dois momentos únicos. Uma certeza: os momentos mais felizes que vivemos talvez sejam aqueles mais simples, nos quais uma simples rosa pode representar um imenso jardim, ou um olhar de gratidão represente muito mais que discursos politizados e sem conteúdo.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

"Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Sois de vento, ides no vento,
E quedais com sorte nova." (Cecília Meireles)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sinto falta...


... e isto é um fato. Independente da situação, sinto falta. Estou aprendendo a lidar com ela, o que não é algo fácil, e vou conseguir. Mas preciso dizer que sinto falta...

... de sua voz que me arrepiava quando você falava perto da minha nuca;
... de te ouvir cantar e tocar enquanto eu fazia ovo frito, mesmo tendo uma outra mistura pra comer;
... de ouvir você dizendo que achava bonitinho eu falar "gostoso", e de todas as inúmeras vezes em que você me fez ficar corada por tantos elogios;
... do seu corpo colado ao meu, de várias maneiras;
... de ouvir seus ensinos, de provar seus ensinos, de viver seus ensinos ("você sabe qual é a diferença entre eficiente e eficaz?");
... de não ter mais a cama em que me deitava, vazia; de dormir invariavelmente abraçados (novidade pra nós);
... de me sentir capaz de, ao mesmo tempo, ser mulher, profissional, mãe, dona de casa e fiel amante de seu único companheiro;
... de conversar por horas, sem parar, sobre todo e qualquer assunto;
... de reparar quantas coisas nós tínhamos em comum;
... da sua pergunta: "sabe quem tá cantando?", ou "e essa música, conhece?" (e das minhas respostas quase sempre certas...);
... de me agarrar a você no metrô, e saber que você não me deixaria cair no tumulto;
... das sinestesias de nossos encontros;
... do seu torpedo, no meu celular, dizendo "me dá um sorriso?";
... dos banhos juntos, de usar sua camiseta, de me arrumar e pensar "é pra mim, mas é também pra ele";
... das corridas que não fizemos, das praias que não visitamos, dos natais que não passamos juntos, dos obstáculos que nem tivemos que superar, da filha que não tivemos, do futuro que nos esperava mas que preferiu dar meia-volta e seguir seu rumo;
... de te olhar de longe, comprando pizza, e pensar "puta nego bonito! ficaria a vida inteira com ele só pela segurança que ele me traz";

... há muito mais, que só nós dois sabemos, que me permitiria escrever infinitamente...

... essas são lembranças tão vivas que ficarão em mim para sempre... e elas, renovadas em meu espírito, são como uma catapulta que me arremeça pra frente, como se fossem a força que fazem o personagem dizer "pro alto e avante!!!

sábado, 13 de dezembro de 2008

"Aprende-se quando não se tem o que se quer"

Quinta-feira à tarde fui à casa de uma grande amiga para estudar com ela. Iríamos treinar para a apresentação do TGI, que seria sexta de manhã. No caminho, dentro do ônibus, uma mulher lia e destacava esta frase num livro, e eu, em pé, próximo a ela, não pude deixar de ler e de meditar a respeito. Uns meses atrás, se alguém me dissesse que eu tiraria um 9 no meu TGI eu diria que não sobreviveria. Queria 10, com louvor, com publicação e indicação para o mestrado. Não é ruim querer isso, aliás, aspirar o melhor é o mínimo que devemos fazer. Mas me frustrar por não conseguir é algo que, definitivamente, não está mais em mim.

Treinamos até meia-noite, e as duas, super nervosas, não sabiam direito o que fazer. Na sexta pegamos trânsito, chegamos atrasadas, mas tudo deu certo. Minha amiga tirou 9,5, uma outra amiga 9 e eu idem. Nossas apresentações foram tão boas, mas tão boas, que ninguém diria que, uma noite antes, as três estavam em pânico diante do ppt. Parecia que havíamos decorado todo o texto... Fiquei tão feliz! Minhas professoras que estavam na banca foram tão generosas comigo, compartilhando seus conhecimentos, que me alegrei por poder debater minhas idéias com outros colegas. Afinal, agora eu também sou uma professora. Aliás, agora tenho um diploma de professora, porque já o sou há muito tempo. Dentro do meu coração.

Esse foi o 9 mais querido de minha vida. Um 9 que, para mim, tem gosto de 11. Fiz o trabalho todo praticamente sozinha, porque minha primeira orientadora teve que deixar de me orientar, e o segundo, que a substituiu, só conseguiu ler meu trabalho uma vez e, além disso, é professor da Filosofia, e não da Letras. Além disso, tinha uma casa, um trabalho, várias outras atividades e 13 matérias na faculdade, além de estágios, PIPE e atividades complementares. Fundamentalmente, a carga de conhecimento que eu adquiri com as leituras e com a prática da escrita acadêmica foi singular. Me sinto tão ou mais vitoriosa que outros colegas meus, que tiraram 10 mas que não têm metade do que eu tinha a fazer.

Fica a certeza de que este foi somente o primeiro. Não vou parar de estudar, de ler, de escrever, de ensinar. De viver. Este 9 me motiva a continuar tentando, e me esforçando cada vez mais. Afinal, eu conheço meus limites. Mas também reconheço que sou muito capaz.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

"Sigo manteniendo viva mi capacidad de asombro ante la maravilla y mi capacidad de indignación ante la infamia y continuo creyendo en la verdad del poeta que me dijo que no tome en serio nada que no me haga reír".

Eduardo Galeano

E eu assino embaixo.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Pontos.



Prometi a mim mesma que ficaria alguns dias sem escrever. Mas como descobri que escrever aqui é uma terapia, melhor seguir o rumo da prosa....


Mas este texto não é meu. Hoje, lá pelas três da tarde, um grande amigo meu, Aires Donizette, me envia este texto por email. Ele é daquelas pessoas que te ajudam pelo simples fato de existirem, e mesmo longe fazem toda a diferença. Uma bênção de Deus pra mim (tanto ele como sua família). Achei tão pertinente que resolvi publicar seu texto. Eis aí:

ponto.

TEMOS O PONTO FINAL

PONTO DE ÔNIBUS

PONTO DE TÁXI

PONTO E VIRGULA

CERTA OCASIAO ESTÁVAMOS NA MINHA SOGRA E ELA ESTAVA FAZENDO DOCE DE LEITE. ELA FICOU O DIA INTEIRO MEXENDO O DOCE ATÉ ELE CHEGAR NO PONTO. DEPOIS QUE O DOCE FICOU NO PONTO QUE ELA QUERIA, O DOCE DE LEITE FICOU UMA DELICIA.

SERÁ QUE EM CERTAS CIRCUNSTÂNCIAS DA VIDA TEMOS COLOCADO UM PONTO FINAL SENDO QUE DEUS COLOCOU APENAS UMA VIRGULA?

EXISTE O PONTO DE !

EXISTE O PONTO DE ?

VIVEMOS UMA VIDA QUE A PONTUAMOS MUITAS VEZES DE MANERA ERRADA. GRAÇAS A DEUS QUE TEMOS UM GRANDE DEUS PARA NOS AJUDAR A CORRIGIR NOSSA PONTUAÇAO PARA NAO SERMOS PREJUDICADOS. UMA FRASE MUDA TOTALMENTE DE SENTIDO SE A PONTUAÇAO QUE FIZERMOS ESTIVER ERRADA.


E terminou o email sem se despedir. Simples assim.


Aí fiquei pensando... pensando... pensando... há várias maneiras de se entender este texto, feito por um homem de Deus de grande sabedoria, mas que também erra como qualquer um de nós. Poderia pensar, hoje, que uma situação em que aparentemente está com ponto final pode, de repente, ter um ponto de exclamação (fazendo com que tal história se reverta em meu favor). Ou posso provocar, com a escrita deste texto, um pensamento contrário a mim, levando a situação ao passado, pensando que os pontos finais dados podem ser tirados simplesmente.


Complicado, né?


Que possamos ter sabedoria para saber pontuar corretamente nossa vida.

Melhor:

Que possamos ter sabedoria para saber pontuar corretamente nossa vida!!!!!!!!!!!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Duas semanas. Mais precisamente, 17 dias.







(ps.: gente, eu a-do-ro flores! rosas e tulipas são minhas favoritas!)





Muita gente imagina e sonha com uma vida segura, estável, looooonga, que tenha um começo, meio e fim contemplativos, sem muitas mudanças, porque a instabilidade causa insegurança que causa medo. Mas você já pensou no que pode acontecer na vida de uma pessoa em 17 dias? Já imaginou que sua vida pode ser totalmente transformada num curtíssimo espaço de tempo? Como encarar essa brevidade da vida?

Me lembrei, a princípio, das pessoas que sofreram de uma hora pra outra com as chuvas no sul do país. Foi menor o tempo, mas foi uma mudança brusca demais (talvez, duas semanas antes, eles estivessem planejando o natal e o ano novo, coisas que, agora, serão tão difíceis de acontecer em plena paz). Depois, me lembrei daqueles que jogam na loteria numa semana, e na outra, quando o sorteio é realizado, seus números são sorteados e tal felizardo passa de um pobre empregado a um rico empregador. Pesquisei e vários jogadores tentam se estabelecer de contusões em duas semanas; muitas flores, após chegar nas casas das alegres moças que as receberam, não conseguem durar mais que duas semanas (para tristeza das meninas). Alguns animais têm vida super curta (moscas, 24h; algumas formigas, 5 dias; alguns peixes, menos de 10).

Mas a vida pode reservar surpresas imensas pra gente em duas semanas. O resultado de um exame, que nos deixou preocupados, pode sair e nos alegrar ao invés de nos fazer chorar. Sua casa própria pode ser sorteada em duas semanas. Provas e concursos podem ser finalizados e suas notas saírem em duas semanas (aquele, super importante, que talvez você tenha pago uma fortuna para fazer e está esperando uma resposta urgente). Você pode começar a falar com uma pessoa na sexta, sair com ela no sábado e passar duas semanas como nunca sonhou viver. Pode se sentir a mulher mais viva, a mais desejada, a mais amada, a mais importante pra um homem. Pode sentir, finalmente, como é gozar de verdade, como é ser dona de casa, como é ser mãe (ou como é querer ser mãe), como é chegar em casa e poder cozinhar pra alguém que já está quase chegando, cansado do trabalho, com tanta alegria que nem parece que você também trabalhou o dia todo. E isso, com a maior verdade possível, de ambas as partes. Saber que foram as duas semanas mais intensas de sua vida, e que você foi muito mais mulher em 17 dias que em 8 anos. Sentir-se valorizada ao extremo. Sentir-se segura. Mostrar a você que você tem realmente valor, que não deve se esconder por erros do passado nem se frustrar pelos do futuro.

A vida, inexplicavelmente, é, por vezes, generosa conosco. Coloca pessoas em nossas vidas, num tão curto espaço de tempo, que vão refletir em nós pro resto de nossa existência. E tudo o que se espera, em oposição, é que nós possamos também fazer a diferença na vida destes. Às vezes com um sorriso inesquecível. Com uma palavra animadora. Com a simples presença ou lembrança de que "tudo vale a pena se a alma não é pequena". Com a certeza de que se faria tudo de novo. Sem arrependimentos nem frustrações. Só com a certeza de que a vida segue seu rumo, e que devemos estar atentos aos acontecimentos - mesmo que sejam num prazo de apenas duas semanas.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Um discurso. Um desabafo. Uma satisfação.



"Sr Presidente da mesa, demais componentes, professores queridos, formandos, amigos, convidados: meus cumprimentos. Como nomear todo sentimento que nos invade neste dia? Um misto de muita alegria e de um saudosismo sincero por ter tanto e não ter nada. Temos uma formação, temos um diploma, temos a realização de um sonho (que pode ser nosso ou de nossos pais), temos a capacitação para um mercado de trabalho que é, por vezes, engenhoso e cheio de artimanhas. Temos cada instante vivido, cada lágrima compartilhada, cada riso que ecoa nos corredores de nossos corações. Temos dúvidas (faço o bacharel ou a pós? faço a pós ou o mestrado? faço outra faculdade ou vou mesmo dar aula?). Temos certezas: jamais seremos os mesmos. Temos planos. Temos força, juventude, alegria e garra para lutar e vencer.

Porém, desde que os TGI’s foram apresentados, cada um em sua banca e em seus medos, já não temos mais a companhia diária de pessoas que nos fizeram crescer, que ouviram nosso lamento mais angustiado ou a nossa vibração mais escandalosa. É claro que as lembranças permanecem e que, para alguns, a distância não será nem um pouco percebida. Mas é estranho. Hoje descobrimos que era tão bom fazer parte de uma turma, de um grupo que tinha uma imensa identificação (apesar de tudo), que começamos a pensar que nosso verdadeiro diploma está nos laços criados, nas experiências vividas, nas novidades repartidas e nas descobertas tão sofridas.

Nossa turma passou por todas as transformações possíveis e imaginárias. Fomos os primeiros em tudo aqui no Mackenzie. A primeira turma de Letras a ter um aluno (ou aluna) chamado/a Melody Brasil (mesmo sabendo que outra Brasil da sala não era sua irmã/irmão). A mudança na grade curricular foi estabelecida em nossa turma. Passamos por duas mudanças de coordenação (no começo e no fim do curso) e de Centro (do CCH para o CCL). Às vezes não sabíamos se estaríamos numa sala no prédio 12 ou se já iríamos para o prédio da Piauí (o que nunca aconteceu), e todos, mochilas nas mãos, caminhávamos meio sem rumo pelo campus, até que alguém nos encontrava e dizia: “ei, volte, é lá no 12”. Professores saíram, professores chegaram, outros da Comunicação entraram no mundo das Letras. Horas de estágio e de atividades complementares aumentaram. Horas de aula de literatura e de língua foram substituídas pelas de licenciatura (quem pode com 04 horas semanais de Políticas Educacionais?). Somos a primeira turma de Letras a não ter um Paraninfo próprio (Ronaldinho, nós tentamos, você sabe...). Perdemos uma “mascote” (Ju e Ceci, amamos vcs!) e ganhamos outra: a linda Iara, com seus olhos doces. Amigos saíram durante o curso (Luciana, Esequiel, Marcão, André – aquele de óculos que era amigo da Paty Sam –, Danai, Graziela, Gé Higino, etc); outros não podem estar aqui hoje, mas que completarão a carreira no próximo semestre (Alê Sumadossi, André Descrovi, Aline Araújo, Marina, Amadeu, Daniele Zaratin e Daniela Otsuka, etc). Mas uma coisa é certa: levaremos o melhor de cada um de nós conosco, o melhor de tudo o que vivemos aqui para nossa descendência, e recordaremos, um dia, que a turma de janeiro de 2006 foi a melhor turma de Letras que o Mackenzie já teve".

sábado, 29 de novembro de 2008

Uma semana

"Há exatos 7 dias, a vida trouxe um presente a Maria. Ela havia sonhado em conhecer alguém que a fizesse feliz, ainda que esse alguém não fosse o "príncipe no cavalo branco", indicação que ela tinha certeza não existir depois de tanta frustração. Esta bonita e simpática mulher, que se privou por tanto tempo de várias oportunidades e preferiu esperar para ver o que daria, finalmente pôde olhar para si e dizer: "a partir de hoje, você não vai mais chorar por conta de tudo o que já aconteceu". Até parecia que ela previa seu destino de algumas horas depois, quando leu pela primeira vez o anúncio de que algo novo estava muito próximo de acontecer. Leu isso nas linhas de um blog, de um e-mail, e também ao ouvir uma voz encantadora, que mexeu com sua alma inexplicavelmente. "Como pode ser isso? Nem o conheço ainda?!", ela se perguntou.
Como descrever o fascínio, o sentimento de cumplicidade, a alegria infinita de conversar e se sentir bem, e o olhar penetrante de Maria e José, naquela noite? Uma rosa, uma cor rosa, a presença marcante da sinceridade e da verdade de duas vidas unidas tão de repente e muita, mas muita conversa - eis os ingredientes para uma mistura tão intensa, para uma química que vai além dos laboratórios e para uma noite perfeita. Certamente, nenhum dos dois previa que algo tão mágico pudesse acontecer. Mágico a ponto de que, uma semana depois, ela se lembre de cada detalhe, de cada movimento, cheiro, gosto e toque que eles experimentaram juntos. Mágico a ponto de fazer com que ela relate, uma semana depois, como a vida foi generosa com ela".

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Perfeita combinação de símbolos


O morango é o fruto do romance e é símbolo de Vênus, a deusa do Amor e da Beleza.
O chocolate é um ingrediente utilizado há séculos para trazer deleite àqueles que o degustam.

A música é a manifestação dos diversos afetos da nossa alma, mediante o som (aula de música de uns 13 anos...).
Perfeição. Harmonia. Desejo. Sinceridade. Alegria. Paz.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

"É o que me interessa"

Já fui muito complexa. Já vivi extremos. Já amei e odiei. Já me alegrei e sofri. E ainda não vivi todo o potencial de existência. Mas hoje, decididamente, não mais me atropelo em meus sonhos. Eles existem (sei cada um deles de cor) e dão sabor especial à vida, pois sem eles quase que não existimos (afinal, para quê lutamos mesmo?). Mas eles têm um lugar reservado. Um dia marcado. E, pensando assim, nem vou forçar as vistas para vê-los concretizados, pois serão como algo natural, que virá e se instaurará.

Esta letra do Lenine é fantástica. Concordo em gênero, número, grau e declinação com ele. E me questiono: o que é que me interessa hoje?

Eu sei.


É o Que Me Interessa - Lenine

Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem

Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado
só de quem me interessa


Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou

Me traz o teu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurre em meu ouvido
Só o que me interessa

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa

domingo, 23 de novembro de 2008



Fiz certo. Muito certo.

Agora tenho uma rosa em meu pensamento.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Como saber se uma atitude é certa ou errada? Às vezes acho que eu fiz besteira... às vezes tenho certeza de que fiz bem...
"E agora, José? Que se há de fazer?"

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

É fato. É verídico. Fala sério!!!

Em contraposição ao postado anteriormente, que pode ser mentira ou verdade, este post é totalmente real. Palavra de escoteiro.

Gente, não sei como me acham,,,, acho que vou colocar uma foto de bruxinha no orkut... ou desaparecer dele,,,akakakakkaka

Vejam se eu posso com isso (abri minha página de mensagens do orkut e achei esta "pérola"):

"oi fernanda sou solterio estou de relacionamento abertos sou baiano moro em varzea do poço bahia minha cidade linda ela fica perto de jacobina ba ir capim grosso ba fica perto dessas duas cidades vc e linda bonita vc e linda mim encantei por vc vai meu msn pra vc e neildociriaco10@hotmail.com mim add pra nos conversa ir se conhecer melhor mil beijos de amor tenho 34 anos de idade sou solterio beijos fernanda"

Que eu faço?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O poeta é um fingidor


Ela sabe que vai ser hoje. Banho, creme, perfume. Roupa transparente, mostrando seu corpo. Pequenos adereços. Pequenos detalhes. Grandes provocações.
Ele nem tem idéia do que vai acontecer. Interfone, elevador, porta do apê. Seu olhar para ela é de uma curiosa surpresa (oi! tudo bem?). "Vai pro quarto, tira a roupa e deita na cama", ela diz. E, numa obediência de criança, ele se rende.
Música envolvente, quarto a meia luz, uma cadeira. Ele, distraído, coloca suas roupas sobre a cadeira. "Não, não coloque a roupa aqui... eu é que vou me sentar nela!". Ela se senta, o ritmo da música leva o corpo a movimentos calmos, calculados, provocantes, insinuantes. Gestos, olhares, mãos, pés. Ele já não tem controle de suas emoções. Já têm cumplicidade suficiente para se levarem nesse jogo. Já têm maturidade para brincar. Já não há mais adereços e, na nudez do corpo, o vermelho de uma calda de cerejas escorre por entre as mãos e a boca de um sedento, que se sacia e que faz transbordar o desejo contido.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Me sinto assim













ps.: obrigada, amigo André, por esta foto que me fascinou.(http://www.flickr.com/photos/tchola/2994304724/)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Há uns dias atrás disse a uma amiga: "nadar contra a maré dá uma dor no corpo desgraçada".

Preciso me ouvir mais.

domingo, 26 de outubro de 2008

Praticidade é tudo!

Conversa de um homem com uma mulher, a respeito de um passeio. Percebe-se, claramente, o olhar masculino e feminino a respeito do mesmo tema:

- Andei de moto hoje.
- Que legal! Sozinha?
- Não! Com minha cunhada.
- E como foi?
- Nossa, foi super bacana. Sabe que eu andei de moto uma vez quando era criança, com uns 7 anos, e fiquei com muito medo? Desde então nunca mais, por medo. E, enquanto estava na moto, fiquei pensando em quantas vezes deixei de fazer coisas porque o medo me impedia... estar em parques, em passeios, ou com pessoas e simplesmente me abster de tentar, com tanto medo que nem poderia saber o quão bom é. Isso aconteceu hoje comigo. Aquele vento no rosto, sensação de liberdade, e até de paz, eram sentimentos que eu não me permiti sentir antes, mal sabendo que eu iria adorar. Agora quero (...)
- Então agora você sabe o que um poodle sente quando põe a cara pra fora do carro, né?!?
(risos)

E a "viagem" da moça foi totalmente surpreendida pelo "pé no chão" do rapaz. Bom, algo realmente comum entre estas duas espécies.

(baseado em fatos reais)

domingo, 19 de outubro de 2008

Leite desnatado com nata?!?!

Eu não gosto de nata. Definitivamente. Por isso, quando vou ao mercado e compro leite, sempre compro desnatado (também porque faz bem para a saúde, claro). Porém, um leite que comprei, de uma marca qualquer, sempre produz nata depois que eu o esquento. E todos os dias eu repito: "como pode um leite desnatado ter nata?". Aí a filósofa começou: "como pode um relacionamento sem amor, sem carinho? Como pode alguém dizer que está com outra pessoa por ser mais cômodo? Como pode alguém sair com outra pessoa, ser tão bom mas tão bom que quer bis, mas a outra pessoa nem lembrar direito que você existe?" E a mesma filósofa respondeu: "Porque, nessa vida, nem tudo é como gostaríamos que fosse. Vivemos e ponto. Às vezes, cabe a nós a adaptação de, por exemplo, comprar outra marca de leite, para que, quem sabe, não produza nata desta vez..."

Vou ao mercado. E já sei o que NÃO comprar lá!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008


"Papai do céu,
obrigada por mais este aninho.
Tudo bem que o ano passou muito rápido,
tudo bem que queria que um monte de coisas fosse diferente,
mas obrigada mesmo assim.
Obrigada por permitir toda bobagem,
porque aprendi muito com elas.
Obrigada por toda luta,
pois sei o valor de cada ombro que me apoiou.
Obrigada por minha família,
por meus amigos,
por minhas irmãs e irmãos,
por minha saúde,
pelo amor,
pela paz."

terça-feira, 14 de outubro de 2008




"A gente tem que lutar por aquilo que vale a pena".

Frase dita no filme "Resgate abaixo de zero", que assisti hoje à tarde. Esta é uma cena do filme.

Ah, nada não. Só queria registrar.

domingo, 12 de outubro de 2008

Outro lado

"Não foi o Flamengo quem perdeu; nós é que ganhamos dele". Achei perfeita esta frase dita por um jogador do Atlético hoje de manhã (não sei o nome dele, nem sei qual dos Atléticos... enfim...). Dá muito mais valor ao fato de que a equipe dele, sendo ou não melhor que a adversária, teve, nesta partida, condições melhores de ganhar o jogo. É um novo olhar. Uma perspectiva que nem sempre se vê.

Gostei. Criei algumas:

"Não sou eu quem está sozinha; algum louco por aí é que está sofrendo sem mim".
"Não estou atrasada com meu TGI; o calendário é que se revestiu com um supersônico".
"Não trabalho numa empresa ruim; outro patrão é que está infartando com o fato de eu ainda não estar lá".
"Não foi o mundo quem mudou; eu é que o vejo com outros olhos".

Quem me ajuda?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

"Mito da cara metade"


Ouvi essa frase na aula de Literatura Hispano-Americana. Falávamos do Neruda e de sua fantástica poesia. Entramos no tema do amor, da falta de amor, do egoísmo do amor (e daqueles que amam). E a Lu, sabiamente, comentou a respeito desse mito. O mito da cara metade. Eu diria que ele é, essencialmente, infernal. "Ué? Mas não é de amor que você fala?" É sim. Mas esse mito torna o amor uma idealização horrorosa, e faz com que muitos se frustrem e passem a vida inteira atrás da terrível cara metade. Como se eu fosse uma laranja cortada ao meio. Ou um kiwi. Ou uma equação matemática. É quase a coisificação do amor: pensar que, num canto remoto deste planeta, exista uma laranja perambulando por aí na qual falte um pedaço também (e que, para ser feliz, eu deva obrigatoriamente encontrar esta casca ambulante).
Na boa. Respeito a crença na alma gêmea (o que, segundo me explicaram, não significa que, quando você a encontra, exista necessariamente um romance). Mas não dá mais pra pensar que o príncipe vai chegar. Tá, que ele chegue: não vai adiantar muito se eu não perceber que EU preciso ser completa o suficiente para dar conta de tudo (afinal, é um príncipe, não um sapo,,,,akakkakak). Esse é o ponto chave: preciso ser uma laranja inteira, não uma metade em busca de outra que me complete (algo do tipo "eu me amo, não posso mais viver sem mim"). Muda muito, não?! Palavra de quem já passou por isso.
Um bom motivo para que eu pense assim é o fato de que, se eu encaro o outro como um ser completo nele mesmo, tenho menos frustração quando ele pisar no meu calcanhar. Isso porque eu também sou passível de pisar no calcanhar dele.
Preciso aprender a desmistificar.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã"

Estou com medo de mim.
Mudei tanto que às vezes não me reconheço mais.
Ou será que agora é a verdadeira Fê quem resolveu aparecer?

Este fim de semana foi estupendo. Vou reformular (estupendo não soa uma palavra agradável; parece mais o nome de um golpe de karatê): este fim de semana foi delicioso (melhorou bastante). Dancei muito, dormi pouco, conversei, ri, gozei, estudei, chorei ouvindo Fundo de Quintal (como não me lembrar que cresci ouvindo-os com meu pai e minha irmã...), dormi de conchinha e acordei leve, leve, comi risotto quatro queijos e bolo de chocolate com morangos, ouvi a chuva e muita bossa-nova, fui tema de um bolão de duas mulheres, mostrei o dedo do meio para um bêbado chato na balada e não fiquei com peso na consciência, falei bobeira depois do vinho, fiz alguém feliz, me permiti ser feliz.

Amar as pessoas como se não houvesse amanhã? Me amar como se não houvesse amanhã!!!! Será que é egoísmo demais?! Podem ser as duas coisas, então?!

Esta música do Jairzinho é perfeita para a ocasião:

Coisas Fáceis - Jairzinho Oliveira

Coisas fáceis, fazer um agrado
Coisas fáceis, abrir um sorriso
Coisas fáceis, estender os braços
Coisas fáceis, agir com juízo
Coisas fáceis, mostrar o caminho
Coisas fáceis, dizer a verdade
Coisas fáceis, cuidar com carinho
Coisas fáceis, viver com vontade

São coisas pra se fazer
Sem esperar recompensa
Coisas pra se querer
Coisas tão simples
E tão difíceis de esquecer


Um abraço, um sorriso, um aceno
Coisas fáceis
Gestos tão pequenos
Coisas fáceis


:)
Amo!!!

domingo, 14 de setembro de 2008

Paz

Hoje acordei disposta a estudar muito. Levei livros pra casa, liguei o pc, arrumei a casa mais rápido. Nisso, minha irmã vem com a notícia de que o pai de alguns amigos havia falecido na noite anterior, e que o enterro seria hoje, domingo, às 14h. E meus planos, juntamente com algumas lágrimas, se perderam nesta tarde fria.
Olhei pros meninos (agora já são homens e mulheres casados) e pra mãe deles e me vi há dez anos, quando tive que passar por isso também. Engraçado como nós deveríamos estar acostumados a isso: a morte é tão inevitável quanto meu pensamento a respeito dela. Mas não.
Perder nunca é fácil. Perder pra sempre, então, dói ao extremo. Mas o tempo, sábio mestre, nos ajuda a enfrentar o próximo dia. E olhei pras árvores, pro lugar bonito onde estávamos, e pras crianças no colo das minhas amigas, e pra minha mãe, e me senti tão pequena diante deste mundo imenso que julguei estar só. Besteira. Senti uma paz tão grande depois, quando me lembrei de tudo o que passou e de como nós conseguimos superar tudo, que fez com que uma prece de agradecimento saísse dos meus lábios. Vi que a maioria das pessoas, hoje, eram parentes, e pouquíssimos amigos. Eu tive (e tenho) a bênção de ter amigos e parentes ao meu lado. Isso é uma dádiva.
E, por incrível que pareça, encontrei lá meu professor de matemática que me deu aula da sexta à oitava série (nos anos 90, gente.... é muito tempo!). Agora ele é diretor de escola, a filha dele já tem 20 anos, e ele tem uma barriguinha que parece uma pequena melancia..... Engraçado... eu amava a esse professor (amava meeesmo). Ele se lembrou do meu nome e me perguntou se eu não queria fazer estágio na escola em que ele trabalha....
É, o tempo passa.

Paz, mesmo com o turbilhão de coisas ao meu redor. É isso que sinto.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

"Chega desse assunto"

Tá. Simples assim.
E o que se faz com o cérebro que está repleto de lembranças?
O que fazer com o corpo que está cheio de sensações?
Como arrancar da vista, como tirar do alcance?
Não dá pra digerir. A comida tá pesada demais. Engasga-se fácil.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Pre-ri-go!


Sr Madruga, em sala de aula, no lugar do Prof. Girafales, diz:
- Sua vez, Pópis!
- Presente, sr professor!
- O que vale mais: 1kg de tomates ou 1kg de cebolas?
- Não sei...
- Reprovada!!!
- Sua vez, Nhonho!
- Presente, sr professor!
- O que vale mais: um gol-contra ou 1/8?
- Ai não sei...
- Reprovado!!!!
- Gordines!
- Presente, sr professor!
- O que vale mais: uma corrida ou 1/3?
- Ao ar livre ou em quadra?
- Ah.... nota 6..... digo.....
(...)
O que vale mais: muito dinheiro aos 40 ou sair numa tarde de domingo e conversar a respeito de um novo livro lançado na Livraria Cultura?! (pergunta não formulada pelo Sr Madruga....).
(...)
Sr Madruga, em seus ensinamentos, diz:
- Bem, suponhamos que isso seja uma caveira. Mas o que significa? Uma bandeira de piratas? Não! Um anúncio de um cemitério? Tampouco. Essa caveira significa: prerigo! Ouviram bem? Pre-ri-go!!! Por exemplo: se virem uma caveira numa garrafa significa que ela tem veneno...
(...)
Prof Girafales observa a aula e aplaude, perplexo!
- Bem, sr Madruga, jamais eu imaginei que o sr pudesse manter a ordem e a disciplina!
- Bom, qualquer um pode usar um pouquinho de persicologia...
- Psicologia...
- Isso, isso......
(...)
Foi assim que me senti ontem.
Desculpem o desabafo.

sábado, 30 de agosto de 2008

"O céu está no chão"


Hoje ouvi a música do Skank, Dois Rios, que começa com esta frase: "O céu está no chão" (acho muuuuuito linda). No começo achei um pouco de petulância do autor, mas depois pensei bem e concordei com ele. Não significa que não acredite mais no Céu, morada de Deus, nem que esteja pirando a ponto de achar que piso literalmente nas nuvens. Mas quer dizer que é possível que, em meio ao caos do dia a dia, em meio ao sufoco que insiste apertar a garganta, podemos ter paz. Podemos e temos o dever de buscarmos a felicidade. Por total decisão nossa. Se choro uns dias por um problema que acho que não suportarei, não significa que vou viver assim, aos prantos, pra sempre. Me permito sofrer um pouco para aprender, mas jamais me abalar a ponto de não levantar a cabeça e olhar pra frente, segura de que a vida tem muito mais pra mim. E se não tiver, eu corro atrás e acho!!!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Acho que amo demais.

Amor: s.m. Afeição viva por alguém ou por alguma coisa.

Amor: sm (lat amore) 1 Sentimento que impele as pessoas para o que se lhes afigura belo, digno ou grandioso. 2 Grande afeição de uma a outra pessoa. 3 Afeição, grande amizade, ligação espiritual.

"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer..."

domingo, 24 de agosto de 2008

Me conhecendo a cada dia


Sempre tive certeza do meu gosto por música. Do meu gosto eclético por música (meu pai ouvia samba com minha irmã; meu irmão ouvia rock "paulera"...), desde então, ficou evidente. Claro que há limites pra tudo,,,, mas hoje senti na pele a sensação de calmaria que a música clássica produz em mim. Fui ao CCSP tão triste, por um montão de coisas, e saí saltitante depois de uma apresentação de piano, violino e violoncelo, ao meio-dia. Arrepio, refrigério, alegria, choro, tudo isso se combinando e se reproduzindo em mim por meio da música. Há tempos não sentia isso.
O que te causa essa sensação mesclada? Uma conversa, um passeio no parque, a montanha-russa, o café de casa? Descubramo-nos!

sábado, 23 de agosto de 2008

Como começar um blog?
















Fiz essa pergunta várias vezes e resolvi: vou começar agradecendo a essas três mocinhas (as das pontas por já terem cada uma o seu blog, a do meio por sempre comentar nos blogs alheios rsrsr). Elas são um incentivo a esta criação.
Também começo avisando que meus escritos não chegarão nem no chulé dessas duas feras da escrita, nem de outros muito melhores que nós, mas não deixarei de tentar. Hoje, na Bienal, pensei no dia em que um livro meu será lançado assim, pra uma multidão... bom, vou começar assim, num blog... quem sabe, né?
Talvez minha escrita tenha mais cara de conto ou de crônica, talvez não traga nenhum poema meu, talvez venha sem nenhuma resposta... mas tuuuuuudo bem, eu aprendo...
Amanhã eu escrevo algo assim, digamos, mais sério. Por hoje é só.