segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sinto falta...


... e isto é um fato. Independente da situação, sinto falta. Estou aprendendo a lidar com ela, o que não é algo fácil, e vou conseguir. Mas preciso dizer que sinto falta...

... de sua voz que me arrepiava quando você falava perto da minha nuca;
... de te ouvir cantar e tocar enquanto eu fazia ovo frito, mesmo tendo uma outra mistura pra comer;
... de ouvir você dizendo que achava bonitinho eu falar "gostoso", e de todas as inúmeras vezes em que você me fez ficar corada por tantos elogios;
... do seu corpo colado ao meu, de várias maneiras;
... de ouvir seus ensinos, de provar seus ensinos, de viver seus ensinos ("você sabe qual é a diferença entre eficiente e eficaz?");
... de não ter mais a cama em que me deitava, vazia; de dormir invariavelmente abraçados (novidade pra nós);
... de me sentir capaz de, ao mesmo tempo, ser mulher, profissional, mãe, dona de casa e fiel amante de seu único companheiro;
... de conversar por horas, sem parar, sobre todo e qualquer assunto;
... de reparar quantas coisas nós tínhamos em comum;
... da sua pergunta: "sabe quem tá cantando?", ou "e essa música, conhece?" (e das minhas respostas quase sempre certas...);
... de me agarrar a você no metrô, e saber que você não me deixaria cair no tumulto;
... das sinestesias de nossos encontros;
... do seu torpedo, no meu celular, dizendo "me dá um sorriso?";
... dos banhos juntos, de usar sua camiseta, de me arrumar e pensar "é pra mim, mas é também pra ele";
... das corridas que não fizemos, das praias que não visitamos, dos natais que não passamos juntos, dos obstáculos que nem tivemos que superar, da filha que não tivemos, do futuro que nos esperava mas que preferiu dar meia-volta e seguir seu rumo;
... de te olhar de longe, comprando pizza, e pensar "puta nego bonito! ficaria a vida inteira com ele só pela segurança que ele me traz";

... há muito mais, que só nós dois sabemos, que me permitiria escrever infinitamente...

... essas são lembranças tão vivas que ficarão em mim para sempre... e elas, renovadas em meu espírito, são como uma catapulta que me arremeça pra frente, como se fossem a força que fazem o personagem dizer "pro alto e avante!!!

2 comentários:

Priscila Ferreira disse...

Todos os amores tornam-se pontes para alcançar a plenitude em outros e o que mais vale de tudo é justamente isso. O Aprendizado, as lembranças boas.
Um mecanismo meu? Alimentar minha alma só com aquilo que foi bom, o que machucou, conta, mas não soma, e como é sempre avante, eu quero apenas o que soma e nunca o que diminui.
Falta se sente, mas depois de tudo a gente sente falta do que passou, mas nunca mais volta a ser a mesma coisa, a gente acaba sempre esperando que seja como foi, mas não será mais, o jeito é querer construir o que ainda será!

Beijo

Pequena disse...

Me fez chorar de novo....Ai, ai, ai...
Só nós sabemos a falta q faz...
Mas a gente sobrevive (ou não)!!
Tô aqui, viu!

AMO!!!