segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Um ano

Há um ano, a vida me dava bom dia com um enorme sorriso no rosto. Mas não era um sorriso amarelo, nem cheio de dentes. Era um sorriso de criança com 4 meses de idade, que está entendendo as coisas aos poucos... aquele sorriso sincero, gostoso, que dá vontade de morder.

É. Já passou um ano e nós estamos aqui, juntos, aprendendo diariamente que o amor é uma construção de um edifício que levará nosso jeito, terá nossos traços, será forte e nem pensará em desabar um dia.

Feliz mensagem aquela do dia 19/12/2010 perguntando se você queria ir ver um filme comigo!

Um ano de muita alegria. E que venham todos os demais. Junto a você, tá tudo bem.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O feijão

Estava na minha marmita
numa sexta-feira qualquer
esperando uma garfada

Mas preferiu suicidar-se
pulando pro chão sujo
e, de lá, direto pro lixo

Era bonito, robusto, moreno
e alegraria meu estômago...
mas ele não me quis.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Acho que a cobrança mais cruel que existe é a da ausência. Ela fica ali, te cutucando:
"você precisa ir ver a amiga fulana"
"precisa ir ver a tia tal"
"sair com a irmã, mãe, cunhada, irmão, cachorra, papagaio..."

E ela tem sua razão de existir. Afinal, construímos amizades sólidas e verdadeiras que queremos conservar para a vida inteira. Temos laços de irmandade mesmo com algumas pessoas que são queridas demais. A família te quer por perto.

E quem disse que EU não os quero também?

É tudo questão de adaptação. Quando há mudanças tão profundas (por exemplo, um casamento), não é do dia pra noite que aprendemos a lidar com tudo isso. Leva tempo.

Por exemplo: hoje, sábado, estou aqui, trabalhando. Tá um tempo chuvoso. Tenho roupa pra lavar, casa pra arrumar e comida pra fazer. Além, claro, de estar sempre linda, sempre cheirosa, e isso também requer minutos preciosos. O dia poderia ter umas 48h...

Sinto falta de muitas pessoas. Mas sei que as coisas vão se ajeitar. E, como diz a Dóris, "continue a nadar, continue a nadar..."

(esse texto não é uma justificativa, é apenas uma conversa comigo mesma...)

domingo, 20 de novembro de 2011

Acabei de ouvir na tv algo assim: "as pessoas realmente aprendem quando estão em momentos de dificuldade". Discordo em partes.

Desde que entrei em minha nova casa, junto com o amor da minha vida, uma escola foi implantada na varanda. Nós dois a inauguramos e a estamos dando forma todos os dias. E, graças a Deus, não estamos passando por turbulências. Pelo contrário.

Mas todos os dias nos damos conta de que paciência, tolerância, respeito e paz são ingredientes que, junto com o amor, promovem uma refeição/relação balanceada.

Já aprendi a fazer doce de banana, já assei carne, já fiz macarrão sem ter escorredor de macarrão e já comprei lata de milho verde sem ter um abridor de latas para abri-la. E já me dei conta de que quero mesmo que minha escola/casa seja a mais linda do mundo. E sinto que é.


(Força a todos e todas que estão iniciando esse caminho, àqueles que já estão há anos na estrada e àqueles que, por quaisquer que sejam os motivos, preferiram ficar só.)

domingo, 14 de agosto de 2011

Quero

Quero que todo cidadão, independente da idade, da cor, do credo, e que qualquer outra coisa, sinta ao menos um pouco da felicidade em que me encontro.

Quero que a alegria de estar com você crie energia suficiente para motivar aquele que está tristonho a sair da cama e procurar a luz do sol.

Quero que nossa cumplicidade, aquela dos momentos mais nossos, reverbere nos corações dos que estão por perto e no Japão.

Quero você. Quero nós dois. Quero o infinito.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Quase sem querer

"Tenho andado distraído, impaciente e indeciso
E ainda estou confuso, só que agora é diferente
Estou tão tranquilo e tão contente
Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo mundo
Que eu não precisava provar nada pra ninguém
(...)"

Se você, como eu, sabe de cor esta letra e consegue ouvir a voz do Renato junto dela, provavelmente teve sua infância/adolescência nos anos 1980/1990. Hoje ouvi no rádio a Maria Gadú cantando-a, e já a conheço também na voz da Zélia Duncan (aliás, muito boa versão dela). Talvez haja outras. Enfim.

Fiquei pensando no trecho "provar pra todo mundo/que eu não precisava provar nada pra ninguém" e nas chances desperdiçadas na nossa vida para provar isso. Aliás, como perdemos, às vezes, quando queremos provar qualquer coisa. Bater o pé sem raciocinar. Elevar a voz e perder a razão, tudo para provar que é mais capaz, que é melhor que o outro.

E, assim, "quase sem querer" a gente perde tempo e perde vida. Melhor é estar "tranquilo e contente".

(Nem sei pq escrevi isso hoje. Ouvi a música no rádio e fiquei cantarolando no meio da rua. Só pensei que não queria mais desperdiçar nada na minha vida.)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sabe aquele clichê "as coisas acontecem na hora certa"?

Hoje dou o maior valor a ele. E assino embaixo.

Estava almoçando hoje com ele, numa segunda-feira fria, antes dele ir ao trabalho e eu voltar pra casa. Já havíamos passado todo o fim de semana juntos. Programamos o almoço que faremos juntos na casa dos pais dele (nesse domingo, meus cunhadinhos cozinharam pra gente) - vamos fazer bobó de camarão e doce de abacaxi. Comentamos que o jogo do domingo não foi tão interessante assim, que o Ronaldo vai jogar o último jogo na terça com a Seleção, que não vai dar pra ir ao niver da Luca porque é niver da minha irmã no mesmo dia, que precisamos esperar as inscrições do inglês começarem pra gente se inscrever.

E eu olhava pra ele, do outro lado da mesa, e via nele meu complemento. Acho que é isso que a gente busca no outro: um adendo daquilo que a gente é. Algo que nunca havia esperimentado e que agora parece vir com força e com doçura.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Era domingo de carnaval e os dois pombinhos foram a um churrasco. Um encontro normal de namorados, amigos novos e antigos, risada e muita carne. Tinha até um abacaxi assado para alegrar o estômago.

Estava tudo normal até que ele sussurrou no ouvido dela "eu te amo" pela primeira vez.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O simples fato do encotro em si já é uma festa.
A gente se arruma e sai, cada um do seu canto, rumo ao lugar-comum.
E, rapidamente, parece que o coração já chega primeiro. Agitado.
Talvez prevendo o que acontecerá.
Te olho de longe. Te cheiro de perto. Te abraço e te recebo.
Você se doa e faz daquele abraço um mundo. O nosso mundo.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Mágico




Já havíamos combinado que, na quinta-feira, faríamos o passeio no centro do Rio de Janeiro. Estávamos em Santa Teresa, o lugar mais boêmio da cidade, e estava tudo perfeito até então.

O que é além de perfeito? Existe? Sim.

Pegamos o bonde, que passava na frente da casa, e, depois de passar sobre os Arcos da Lapa, chegamos no centro. Por lá, ele foi me mostrando os lugares que ele já conhecia: o Theatro Municipal, a Biblioteca Nacional, o Palácio Tiradentes, o Convento das Carmelitas, as casas de Don João VI.

Aí, eu pedi: "querido, será que a gente podia parar para tomar um café?"

Quem me conhece, sabe que parar para tomar um café, para mim, é um acontecimento. Algo tão prazeroso quanto sentar-me num bar para partilhar uma boa cerveja e boas conversas.

Ele parou na calçada, me olhou nos olhos e disse: "eu tenho o lugar certo para te levar."

"Tudo bem", eu disse. E continuamos andando.

Chegamos à viela onde Pixinguinha se reunia, onde há uma homenagem à época, com pinturas nas paredes e uma estátua. Lindo.

Um pouco mais à frente, ele me mostra: um lugar mágico, criado em 1894 e com a mesma arquitetura desde então, no meio de uma rua bem movimentada e estreita - era a Confeitaria Colombo. Não vou prolongar o tema de quantas pessoas importantes já passaram por aquele lugar.

Mas, naquele momento, as celebridades, ali, éramos nós dois.

Eu fiquei realmente emocionada. Queria conseguir demonstrar com minhas palavras, mas não sei se consigo.

Talvez tenha sido a união de algumas coisas: o fato de saber que fui levada a este lugar incrível por alguém que já estava me tratando como rainha; pela emoção de estar em um lugar que faz parte da história brasileira; pela delicadeza com que os funcionários nos trataram; pela fineza dos doces que comemos e do café e suco que pedimos.

Só consegui falar pra ele, também olhando em seus olhos: "nunca mais vou me esquecer deste momento".

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

2011

Meu blog querido,

me perdoe o sumiço repentino.

Meus últimos meses foram muito conturbados e, por isso, quase não tenho conseguido te acessar para registrar alguns pensamentos que sempre aparecem.

Podia contar da viagem ao Rio de Janeiro, do meu Ano Novo, e do novo ano que se inicia. Podia remexer nos meus pensamentos, nos meus projetos para 2011, nas minhas tentativas de acertar. Podia fazer alusão aos jogos de futebol, aos filmes do cinema, aos cafés com os amigos, aos bebês recém chegados, aos clientes atendidos.

Não.

Hoje não quero falar nada e falar tudo. Quero escutar meu coração e vislumbrar meu futuro.

O resto, deixa pra daqui há pouco.