domingo, 14 de setembro de 2008

Paz

Hoje acordei disposta a estudar muito. Levei livros pra casa, liguei o pc, arrumei a casa mais rápido. Nisso, minha irmã vem com a notícia de que o pai de alguns amigos havia falecido na noite anterior, e que o enterro seria hoje, domingo, às 14h. E meus planos, juntamente com algumas lágrimas, se perderam nesta tarde fria.
Olhei pros meninos (agora já são homens e mulheres casados) e pra mãe deles e me vi há dez anos, quando tive que passar por isso também. Engraçado como nós deveríamos estar acostumados a isso: a morte é tão inevitável quanto meu pensamento a respeito dela. Mas não.
Perder nunca é fácil. Perder pra sempre, então, dói ao extremo. Mas o tempo, sábio mestre, nos ajuda a enfrentar o próximo dia. E olhei pras árvores, pro lugar bonito onde estávamos, e pras crianças no colo das minhas amigas, e pra minha mãe, e me senti tão pequena diante deste mundo imenso que julguei estar só. Besteira. Senti uma paz tão grande depois, quando me lembrei de tudo o que passou e de como nós conseguimos superar tudo, que fez com que uma prece de agradecimento saísse dos meus lábios. Vi que a maioria das pessoas, hoje, eram parentes, e pouquíssimos amigos. Eu tive (e tenho) a bênção de ter amigos e parentes ao meu lado. Isso é uma dádiva.
E, por incrível que pareça, encontrei lá meu professor de matemática que me deu aula da sexta à oitava série (nos anos 90, gente.... é muito tempo!). Agora ele é diretor de escola, a filha dele já tem 20 anos, e ele tem uma barriguinha que parece uma pequena melancia..... Engraçado... eu amava a esse professor (amava meeesmo). Ele se lembrou do meu nome e me perguntou se eu não queria fazer estágio na escola em que ele trabalha....
É, o tempo passa.

Paz, mesmo com o turbilhão de coisas ao meu redor. É isso que sinto.

3 comentários:

Anônimo disse...

E eu senti uma enorme paz lendo seu post.
Acredito que não haja sentimento melhor que esse!
Te amo

Unknown disse...

Fê, é você quem traz paz a qualquer lugar. Seu nome devia ser Serena.

Unknown disse...

Sempre acho que a gente não se conhece para prever reações sempre! mesmo diantes de situações semelhantes, acho tb que nunca estamos preparados para o que muito bom nem para o que é muito ruim, acho que encontrar um professor de matemática em meio a um velório é mais deprimente ainda, acho que falar em estágio a essa altura do campeonato é muito triste...hahahaha
Te amo Fê, desculpa as brincadeiras, mas o post já está sério demais...ando fugiondo de seriedade, não sei até quando...

Bjo