sexta-feira, 31 de julho de 2009

Ecoa de mim uma canção, nem tanto por seu ritmo ou por algo marcante em minha vida, mas pela verdade de sua letra:

Tenho um coração dividido entre a esperança e a razão
Tenho um coração (bem melhor que não tivera)
Esse coração não consegue se conter ao ouvir tua voz
Pobre coração, sempre escravo da ternura

Ah, se eu fosse o peixe....
:)

quinta-feira, 30 de julho de 2009


Em 1959, quando minha mãe tinha apenas 10 anos, surgia a primeira boneca Barbie (fotita ao lado). Sim, aquela que todas as meninas queriam quando eu era criança. Não tenho ideia da repercussão deste lançamento na época, mas acredito que, igual em minha infância, poucas crianças podiam ter acesso a ela. E o interessante é que, rapidamente, a boneca virou nosso sonho de consumo e até nosso projeto de vida: todas as minhas amiguinhas e eu queríamos ter o rosto, o corpo, o cabelo, a casa, o carro e até o namorado da Barbie. O Ken. Fazia meu irmão fazer de conta que ele era o Ken (ou que algum boneco dele era o Ken) para que eu pudesse brincar e fazer de conta que era tão feliz quanto a Barbie.
Pois é. Ontem fui a uma exposição que trás um zilhão de bonecas, desde a primeira até a mais treslocada de todas. Tem Barbie de todos os países, tem Barbie branca e negra, tem Barbie de noiva e de pilota de F-1, tem Barbie para tudo quanto é gosto. Mostram até a primeira casa dela, que era feita de papel. Muito legal.
Mas o que me deixou frustrada foi ter visto o Ken depois de tantos anos. Ele é simplesmente HORRÍVEL. Fiquei abismada como pude me "apaixonar" e querer ter a vida de uma boneca como ela, toda imponente, e "desejar" essa coisa feia que é o Ken. Não acreditei. Acho que é por isso que estou solteira.
Foi só um desabafo. Obrigada.
kkkkkkkkkkkkkkkk

sábado, 25 de julho de 2009

Acabei de ouvir isso na tv e preciso registrar:
"À noite, ela faz o meu curta virar longa!!"

O caminho é promissor e bonito.
Eu às vezes acho que ele é tortuoso.
Mas ele é reto.
Preciso parar de encurvá-lo.
E preciso tomar cuidado com as lombadas.
Há placas sinalizando-as.
Também preciso respirar o ar puro das árvores.
E seguir.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Nem é pedir demais. Nem é exigência. Nem é socorro.
Bastava só um abraço, um afago, uma pipoca e um cinema.
E um cobertor, depois. Numa rede. Num quintal. Numa casa.

sábado, 18 de julho de 2009

Feliz pra sempre

- E agora?
- Eu é que pergunto! Vamos saber agora ou no final?

Quando eu tinha 15 anos, meus planos para o futuro se resumiam em algumas coisas: eu me casaria aos 18 ou 20, com 22 eu teria filhos (um casal de gêmeos) e eu seria feliz para sempre com eles e meu marido. Aos 30 (mas com carinha de 25), minha sorte era outra: estava no fim do mestrado, sem filhos nem marido, morando sozinha, bebendo de vez em quando, comprando mais do que precisava e indo pro samba com minhas amigas. Não era frustrada por não ter o primeiro sonho realizado - acho que minha mãe devia ser por ainda não ter netos -, mas sentia falta dessa cumplicidade que um relacionamento mais consistente gera.

- Você prefere saber antes?

Um dia, recebi o telefonema de uma amiga que me avisava de sua chegada. Fiquei com inveja: "então combinado - amanhã chegaremos eu, meu marido e o bebê". Ela estava grávida de 5 meses e com um brilho no sorriso e nos olhos, um inconfundível brilho de uma felicidade simples, mas verdadeira. Cheguei a pensar que eu nunca falaria isso a uma outra pessoa: "fulana, me espere porque, amanhã, chegaremos eu, meu marido e o bebê". Ainda bem que me enganei.

- Doutor, podemos esperar o próximo exame?

Ele apareceu em minha vida assim como quando o arco-iris aparece: após uma chuva e entre o sol e as nuvens. Juro que, em meu coração, sentia que as coisas não iriam pra frente, mas minha razão contradizia isso. Eu achava estranho, porém não podia negar - era como se minha paixão fosse racional (duas palavras que não combinam, geralmente). A gente se dava tão bem em tudo... a gente se amava tão louca e pausadamente... Um ano depois que nos conhecemos, resolvemos tentar viver juntos. Não tão juntos, é verdade, porque manteríamos, cada um, sua própria casa. Casal moderno, dizia minha mãe. Mas essa estabilidade no sentimento era impagável, inegável, inevitável. Muitas neuras que tínhamos foram sumindo, mitos antigos foram vencidos, horizontes novos se abriam - e então, aconteceu.

- A gente aguenta saber só quando nascer, né?

Eu faria 33 no fim do ano e ele já tinha 34. Nos sentamos na cama, pela manhã, e decidimos: à noite faremos nosso bebê. Era uma linda noite de lua cheia e chegamos na casa dele muito conscientes de que nossas vidas mudariam muito. Parecíamos adolescentes eufóricos. Gozamos tanto aquela noite (e naquela noite) que nosso bebê não poderia ter sido gerado em melhor ocasião. Algumas semanas depois e lá estávamos nós dois chorando e se beijando e se abraçando com o papel do exame de sangue em mãos. Eu estava grávida. Enjoei pra cacete no primeiro mês, mas logo passou. Ele saía pra comprar cajuzinho às 3h da manhã. Eu adorava fazer amor com ele e mostrar minha barriguinha de 4 meses.

Estou no 6º mês de gravidez. Da segunda gravidez. Optamos por não saber o sexo do bebê na última consulta. Agora, sentada na mesma cama, com as pernas cruzadas, converso com o bebê que sinto se mover dentro de mim. Acaricio minha barriga e me delicio com essa sensação. Ele sai do chuveiro, ainda com os cabelhos um pouco úmidos, e se senta de frente pra mim. Pega o óleo de amêndoas, me deita na cama e começa a conversar também com o bebê durante a leve massagem que ele faz. Assim que ele percebe que nossos dois filhos se aquietam, ele me beija e me aninha em seus braços. E nos amamos. Sinto, assim, que meu pra sempre é meu hoje. E hoje eu sou feliz pra sempre.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Detalhes


"Detalhes tão pequenos de nós dois são coisas muito grandes pra esquecer"
Acho que estou nostálgica com os 50 anos de carreira do Rei. Pensei muito nesse trecho da música "Detalhes" nesses últimos dias. Me lembrei de vários detalhes que fazem parte de minha vida que realmente são grandes coisas. Fiquei impressionada com a quantidade delas. Porque são detalhes, não é legal contar - é legal sentir, usufruir, degustar tais momentos.
Estes detalhes me fazem muito bem. Sempre farão.

domingo, 12 de julho de 2009

Roberto, o sessentão cinquentão

O show de ontem do Tio Betão, como diz minha professora da facul, foi uma demonstração de que o cara é, ainda, O Cara. Gerações diferentes cantando suas músicas e se emocionando, mesmo que seja sentado no sofá - porque eu imagino que, alguém que estivesse lá no Maracanã, ontem, se emocionou pra valer. Todos em casa cantaram a maioria das músicas. Uma das que mais gosto é esta. A versão do Jota Quest é bem legal, mas ainda prefiro o bolerinho original.

Um dia eu encontro esse lugar.


Além do horizonte - Roberto Carlos
Composição: Erasmo Carlos / Roberto Carlos

Além do Horizonte deve ter
Algum lugar bonito
Pra viver em paz
Onde eu possa encontrar
A natureza
Alegria e felicidade
Com certeza...

Lá nesse lugar
O amanhecer é lindo
Com flores festejando
Mais um dia que vem vindo...
Onde a gente pode
Se deitar no campo
Se amar na relva
Escutando o canto
Dos pássaros...

Aproveitar a tarde
Sem pensar na vida
Andar despreocupado
Sem saber a hora
De voltar...
Bronzear o corpo
Todo sem censura
Gozar a liberdade de uma vida
Sem frescura...

Se você não vem comigo
tudo isso vai ficar
no horizonte esperando
por nós dois
Se você não vem comigo
nada disso tem valor
de que vale o paraíso
sem amor

Além do Horizonte
Existe um lugar
Bonito e tranqüilo
Pra gente se amar...

sábado, 11 de julho de 2009

Dona de seu próprio nariz há muito tempo, Sandra não tinha a menor vergonha de dizer e de demonstrar o que sentia. Em todos os sentidos e quaisquer fossem os sentimentos. A vida a havia ensinado a pensar demais naquilo que fosse fazer, mas não a ensinou direito a tentar se polpar um pouco de certas emoções. Assim, se ela percebesse que teria uma oportunidade sentimental, ela não pensava duas vezes: encarava a situação com a maior naturalidade, ainda que seu coração estivesse como o repique da bateria da Vai-Vai.

Numa dessas, conheceu Guto - ou melhor, senhor Gilberto, chefe do departamento de marketing da empresa em que ela trabalhava. Quando Gilberto chegou, transferido da central, todas as mulheres do departamento já haviam visto a foto dele no mural de "bem-vindos" e o boato correu: ele era uma graça. Mas era chefe. Também era bem jovem para a função. O diretor reuniu todo o pessoal numa pequena recepção e o novo chefe foi apresentado a todos. O boato se confirmou: ele era realmente uma graça. Sandra ficou animada com a novidade e sabia, desde que o viu, que algo de muito especial aconteceria a partir dali.

Sandra era uma exemplar funcionária e Guto precisava de gente assim para ajudá-lo a implementar sua nova estratégia de marketing. Isso, sem dúvida, os aproximou muito, mas sem nenhuma outra intenção, até o dia em que eles começaram a trocar emails com menores conteúdos de trabalho e mais informações pessoais. Ambos começaram a perceber que se olhavam um pouco mais, de maneira mais carinhosa, mas na discrição de sempre. Numa manhã, perto do horário do almoço, Sandra recebeu um email dele que pedia seu número de celular. A mensagem enviada era um convite para almoçar que, certamente, ela aceitou, assim como aceitou, dois anos depois, o convite dele para que se casassem.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O refrão da música "Olhar para trás", de Jair Bloch (não sei quem é, gente, juro...), me chama a atenção há um tempo.

É melhor morrer de amor, do que viver em paz
É mais fácil amar de novo, do que olhar para trás

Enquete da tarde: você concorda com essa teoria dele?

Minha resposta: há um tempo atrás eu discordaria. Preferiria a estabilidade da vida à loucura do amor.
Hoje não. Encaro de frente, amando até mais do que deveria, às vezes, mas buscando ser feliz.

Alguém mais pode me ajudar???
:)