Meu eu do dia a dia:
- Mor, tem salada de frutas na geladeira. Pega lá!
Meu eu beletrista:
- Meu raro encontro de almas gêmeas: em nosso refrigerador, encontram-se, devidamente e proporcionalmente lavados e cortados, algumas espécies de infrutescências comestíveis de seu agrado. Sinto-me no dever de alertá-lo quanto a sua existência e incentivá-lo a apropriar-se das mesmas para um momento de deleite culinário.
3 comentários:
Encontrei esse blog meio que sem querer... comecei a ler e achei curiosa a forma como vc coloca as palavras e traz situações diárias que não damos importância e as trata com tanta falta de importância que nos sentimos amplamente... normais e cotidianos. Me fez lembrar uma vez que uma pessoa pediu para que eu dissesse o que era sedução e eu simplesmente disse: "a conquista não passa de um processo de disputa pela imposição da vontade com base em um expoente de dominação dos desesjos". E que o fora "é o ato de extirpação das alternativas e das vontads, um ato subconsciente de afastamento do outro no sentido de preservar uma zona de conforto individual." Ela não entendeu, mas foi a única a dizer que eu era louco, mais rápido do que as outras pessoas...
Vc se sente assim, louca?
Que acha de falarmos sobre isso?
Não, não me sinto louca, não.
Escrevi, neste post, algo que é até levado como brincadeira no mundo das Letras - o fato de nos alongarmos demais, com palavras difíceis, em frases que seriam bem comuns. Isso não é sinônimo de loucura, ao meu ver.
Sim! Justo isso! A "brincadeira" para os estudiosos e admiradores da pesquisa que eh encarada com algo provido de elementos positivos, é vista por outros como símbolo de uma insanidade íntima... e vc... brinca com a brincadeira...
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