segunda-feira, 31 de maio de 2010

O clarão da lua e do amanhecer

Já faz tempo que não escrevo.
De mim. Sobre mim. Para mim.
Porque, antes de mais nada, escrevemos para nós mesmos.
Para que o nó saia do estômago ou da vista.
Para descentralizar aquilo que, egoísta, queremos manter insistentemente.

E já que é para escrever, não posso deixar de registrar:
sempre que vejo a lua cheia, me lembro de você.
Como se eu fosse a única que se inspirasse com o luar.

Não é isso.
Queria deixar na lua aquilo que sinto (ainda).
Eu juro que tento.
Mas não tem jeito (ainda).

Cheguei em casa às 6h10 do domingo. Lua cheia
e quase morrendo no céu. Muito clara.
Do outro lado, o dia já nascendo e revelando
suas belezas. O claro da lua e do dia nascendo
na mesma paisagem.

E só me lembro daquela maldita rede.
Você e eu, nela, abraçados e quase
dormidos.

3 comentários:

Priscila Ferreira disse...

Que merda!
Não de texto, mas de situação!!

Leandro disse...

Amei seu texto. Simplesmente amei. Realmente escrevemos para nós mesmos - para tirar o nó de nós - e isso de ter o universo ao seu redor, sol e lua se encontrando e a gente só pensar em quem ama. Maravilhoso...

Leandro disse...

tenho um blog também, adoraria que você me visitasse - www.escorpiaodesois.blogspot.com