domingo, 11 de outubro de 2009

Remédio amargo

Escreveram, aqui, que eu não dê vazão àquilo que não existe.
Mas eu ainda sonho com você.
Acordada. Dormindo.
Bom ou ruim, é verdade.
Por mais que eu tente, não consigo, ainda, negar.

Talvez negar não seja a melhor atitude.
O melhor talvez fosse abrir de vez minha cabeça
e arrancar, do meu cérebro, a parte em que você
se instalou.
Ou fazer você sair dali no tapa.

Por que ainda fico olhando pro espelho e
repetindo: "esquece, ele não gosta de você,
ele não te quer, ele não liga pra você..."?

O pior é que eu já vivi tudo isso antes.
E por que eu ainda não me acostumei
com a ideia de que as pessoas têm
opinião diferente da minha?

Típico de pessoas que sonham demais,
como eu.

Eu sei que estou com a doença
e que tenho o remédio nas mãos.
Mas já sentiu o gosto da Novalgina?

Pois é.

2 comentários:

Pequena disse...

É amargo, mas cura...ou ameniza a dor.

Amo vc!

Priscila Ferreira disse...

Trabalhando num Pronto Socorro o comentário médico é sempre o mesmo: O pior doente é aquele que pode tomar o remédio para cura, mas não toma, por medo, desistência de si mesmo ou teimosia... Ou numa outra situação, se o paciente diz que está doente mas se recusa a tomar medicação é porque não está doente coisa nenhuma. Apenas uma dorzinha simples, que cura com um cházinho e agasalho mesmo.

Amo